09 dezembro 2009

Sobre ser o Paulinho.

Eu sempre me afasto das pessoas e dos amigos com o intuito de querer ficar só, e também sempre repito pra mim mesmo que me sinto melhor estando longe de todos, que isso me manteria vivo e firme, sem fraquezas no amor ou afinidade por alguém em que apostaria a decepção ou o fracasso, porque não sei manter a minha alma estável, menos ainda as minhas escolhas. Em fim, nunca fiquei. A verdade é que tenho um grande medo da solidão por não a conhecer crua e viva, ou talvez seja uma simples expectativa, a verdade, outra vez, é que não sei bem nada sobre mim. O que explica essas minhas atitudes, superficialmente e principalmente de forma sucinta, é o meu senso masoquista de querer testar meus limites, medir a minha capacidade e força. Se for simplificar, eu mesmo diria que só faço isso com a vontade de querer evitar a decepção das pessoas, e por isso preciso manter a distancia entre mim e elas. Nunca me decepcionei até hoje, mas sei que deve doer e que ensina muita coisa.
Por trás de um menino que diz não se importar com ninguém e até mesmo rir na cara da tristeza, existe um homem que controla a capacidade dele ainda ser um pouco de carne. Espero não deixar escapar nem um dos dois de dentro de mim por muito tempo.
Essas auto-análises de experiências emocionais me esgotam, mas é divertido se descobrir de outra forma que não se masturbando. E lá se vai o meu último cigarro.

PR Lima

2 comentários:

  1. Solidão imposta é ruim, mas a optada não. Meninos ariscos tem medo do mundo, mas se apaixonam inevitavelmente e se cortam em despedidas. Rompa com amarras e não com seus próprios dias.

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