24 março 2010

Dois Segundos

    Toquei-te os lábios com meus poemas, de vontade a te acariciar o coração, vesti tua alma com o meu corpo. Vaiava lenta e suave, tua dança debruçada sobre meu colo, mais, mais tu em mim. Ofertei meu tato em altar no palmo da tua língua. Perdidos, nossos braços, nossos pés e nossas mãos que nem sabiam onde estavam. Se era perdido entre tuas costas, ora se eram meus olhos que se enchiam com o teu rosto de criança lambendo um doce. Ao íntimo sublime, tu me revestiste com o teu doce, salgado, amargo, tudo de ti louvado em mim.
    Enquanto manifestava várias brisas, minha alegria sentia o teu cheiro, me embrulhando e me protegendo de toda tristeza sem explicação.
    Dentro de mim não tem outro espaço que não o teu, nem uma parte de mim te quer longe, tudo em mim seca sem ti.

PR Lima

4 comentários:

  1. Quando o amor/paixão chega ao ápice, não se sabe ao certo onde se inicia as nossas vontades e onde se encerram as do outro... Amor é isso; misturar dois seres a ponto de impossibilitar uma distinção!
    Bjus!

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  2. Na metade do texto pensei em como estava tão diferente de tudo que já li aqui, ao final soltei um sorriso no canto de boca vendo que a origem nunca se perde. Gosto tanto daqui, mesmo sumindo certas vezes

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  3. Uaau, pude sentir borboletas no estomago *.*

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  4. é lindo o modo como vc se transforma em poesia, PR.
    sempre que te leio, me sinto perdendo as palavras a cada verso, tamanho encantamento.
    sou sua fã ;)

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