Submisso na embriaguez, perdido entre o trago e a boemia da imensidão dos meus temores, carrego a tensão, o peso e as agulhadas do cansaço em minhas costas.
Coroado com espinhos, algemado com estacas: sangro a lua intangível aos olhares de quem me consola o esplendor pela palha do meu incenso.
Tracei a graça da minha paixão em um papiro rude, solando a pluma de um sonho que esvaiu dos meus sonhos, de pesadelos e mais suores criei uma fortaleza; das palavras que ruí da minha lembrança criei rezas e orações, com o infinito pregado em cada uma delas. Concordei com absurdos, blasfemei meus princípios, criei uma armadura fraca sobre o meu corpo. Meus frutos, então, acabaram por apodrecer, extorquindo da minha aura a incandescência da minha paz.
Já não creio em milagres, e meus vazios já me preenchem, hoje o que me basta é sossegar pela dormência de sete apertos de mãos.
Agora e hoje, algumas coisas já me fazem sentido.
PR
Talvez tudo faça sentido quando nada está claro. E crer em milagres, vida, fé sempre é necess´rio e real. Só a vida cotidiano que embaça essa visão.
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