24 março 2009

A Dita cuja, Felicidade

Antes de tudo, à GN: Foi difícil ficar sem escutar a tua voz por hoje, e não consigo parar de me arrepender em não ter deixado a minha mão escapar até o telefone, em não ter deixado a minha voz manifestar e te dizer que eu te... – São pequenos parágrafos de um grande amor que dedico a ti, tudo que sou capaz de criar em belas palavras é por causa tua.

Penso com freqüência, desta vez, sobre felicidade, não mais sobre um sentimento estranho que teimo pronunciar em ser amor. Existem em mim vários conceitos e definições para a felicidade, uma delas é esta que irei resumir no próximo parágrafo.
Respostas não me faltam à pergunta: “felicidade?”. Uma delas diz que a felicidade é tudo que posso sentir, seja do amor à alegria – não digo "do amor ao ódio" porque sinceramente vejo poucas, ou nem uma, diferença entre eles. Existe um tiquinho de felicidade em tudo que eu sinto durante um dia, seja alegria, tristeza, solidão, angustia, etc. Veja bem, pense no quanto seria doloroso conseguir sentir nada, garanto que, por exemplo, se você não tivesse olfato e por uma sorte, do fator destino, conseguisse um tratamento que curaria a sua doença, após a alta o primeiro odor que sentiria depois de tanto tempo sem o olfato, seria um perfume maravilhoso para você. Serve também de exemplo aquela velha lenda da humanidade sendo atacada por uma estranha epidemia de cegueira branca, no final, todos alimentavam seus olhos com as ruas rujas e um “o que aconteceu aqui?” felizes da vida. Costumo dizer que me imaginar sem sentidos me faz sentir uma dormência seca e agonizante, um silêncio que, presumo eu, seria doloroso demais. Pode ser contraditória, mas ser feliz é ter em suas mãos todos os seus motivos que alimentam a tristeza e a raiva (depressão na maioria das vezes) e saber manipular-la. “Por que se fala tanto sobre a felicidade?”, “por que se têm tantas explicações para ela?”, talvez para cada um dos casos anteriores, a resposta seria: “porque para se viver a base um alimento, precisa primeiro analisar e estudar o mesmo e suas respectivas reações no seu organismo, e assim, passar a incluir-lo na sua dieta para uma vida saudável, é o mesmo com a felicidade”. Acredito que apesar dos meus problemas, eu sou feliz. Porque eu tenho uma cama e uma casa onde posso dormir e lá se vai o resto do sermão de como você tem que dar valor às coisas... Não se importe tanto com as regras da maioria, apenas corra atrás e se canse de conquistar seus objetivos, oras! É do troço chamado Ser Humano ser materialista, no mínimo que seja, ou pelo menos não enxergar os seus próprios pés sobre um chão frio e duro, muitas vezes por fraqueza. Quem sabe se é isso que impedem muitos a enxergarem melhor a própria vida e, o quanto tem coisas boas acontecendo por de trás das imensas muralhas que os problemas se tornam? Enfim, eu sou feliz, tecnicamente e teoricamente falando. Ou seja, sou feliz, mas não estou feliz. Que ironia.
Já se perguntaram por que aquelas crianças sujas de barro, barrigudas, magricelas e com aquele olhar de desespero, sabem rir com mais sinceridade e facilidade que alguém numa situação melhor (você)? Eu respondo, porque elas não sabem o que é materialismo, porque elas não possuem algum objeto valioso para exercer o materialismo e, porque elas não sabem que naquele shopping está à venda um colar de diamante para babar por cobiça. No máximo o que elas tem de mais precioso é a própria vida, mas também não se preocupam tanto com isso, por isso elas vivem tão pouco, mas morrem depois de tanto correrem e aproveitarem bastante a bolinha murcha e socada naquele terreno baldio cheio de poças de lamas de bueiro, depois de brincar tantas vezes com a mesma bonequinha careca, impossível de distinguir se é boneca ou boneco de tão surrado. Elas morrem de tanto brincar e gargalhar, crianças sempre são perfeitos exemplos de como ser feliz, não acham?

Morra de tanto viver e amar, e isso será ter sido feliz na única vida que lhe foi ofertado.

PR Lima

11 comentários:

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  4. "...aquelas crianças sujas de barro, barrigudas, magricelas e com aquele olhar de desespero..."
    provavelmente o texto não era pra parecer engraçado (principalmente neste trecho), mas confesso que ri litros quando li isso...
    adoro tua sinceridade, alguma vezes ela assusta, mas eu adoro!!!
    huahuhuahuahuha
    ^^

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  5. ahhhhhhhh..
    esqueci de falar que gostei da figura colorida...
    ela é empolgante!!!

    bjs amor meu!!!

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  6. Vlw pela visita no abrindo aspas amigão.
    Muito bom o bom. Já adicionei nos meus feeds.

    volte sempre lá.

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  7. Eu vejo várias pessoas condicionando a felicidade a bens materiais ditados pela indústria do consumo. É só ver as propagandas que passam na TV: todas vendem felicidade. E muita gente embarca. E, na verdade, são (via de regra) muito vazias.

    Eu acho que esse é o caminho: ser puro e transparente como uma criança. Livrar-se de desejos e deixar de escravizar-se pelo tempo.

    abs!

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  8. Não entendi o que vc kis dizer com isso.

    O Pior: Eu sendo cristão, acredito no Trigo e no Joio dentro da igreja, deverias tomar mais cuidado com o que publicas no teu blog, alguns cristãos costumam afastar pessoas da igreja por suas ignorâncias.


    Ate+

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  9. É triste, mas é mais fácil comprar felicidade em forma de pílulas.

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  10. sabe porque eu odiei Menina de Ouro?
    primeiro, eu já tinha um certo preconceito antes mesmo de ver (o que influenciou).
    e depois, porque eu achei um filme muuuuito mal feito, visto que estamos falando de Clint Eastwood, que não é nenhum amador e, na época, já tinha feito verdadeiras obras-primas.
    achei a história simples, mas que poderia ter sido abordada de outro ponto de vista.

    :*

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